Homen o ser que pergunta
No aspecto econômico o próprio IBGE apontou um crescimento no consumo das classes D e E, o que se pressupõe que mais pessoas saíram dessas classes e atingiram a tão sonhada classe média. Porém, na prática não é bem assim já que esse consumidor se vale de vários mecanismos para obter o tão sonhado bem de consumo, tais como: prestações e cartões de crédito e não um poder aquisitivo que lhe garanta melhoria real no seu status social. Mas como assim? Vamos listar alguns aspectos aonde essa inclusão não passa de exclusão disfarçada.
No que toca a base educacional das classes D e E, não há uma real oferta de melhor escolarização, garantindo assim, melhores empregos e salários que colocariam os indivíduos pertencentes a essas classes em melhores condições de moradia, lazer, acesso a saúde e as novas tecnologias e a meio de transportes.
Na educação podemos destacar a falta de acessibilidade dessas classes as universidades públicas, mesmo com mecanismos como o proUni ou cotas raciais. Por que isso ocorre? Essa resposta é simples e está relacionada à educação de base, lá na alfabetização, raiz de todos os outros problemas. O início da vida escolar das crianças na rede pública, que recebe justamente os indivíduos, consumidores das classes D e E está bastante comprometida, isso provado anualmente pelas provas estabelecidas pelo próprio governo. O que nos deixa claro que existe muito mais exclusão do que inclusão social.
No que foca a saúde, membros pertencentes as classes D e E, ainda recorrem aos hospitais públicos, já que podem comprar uma tv, mas não conseguem arcar com os valores bastantes altos dos planos de saúde. Nos hospitais da rede pública, esbarram com uma série de carências indo do simples algodão aos medicamentos necessários ao seu bem estar.
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