Homem que se isola ou é uma besta ou um deus
Para nos afirmarmos a ideia de Aristóteles de que o homem que vive isoladamente da sociedade ou é um deus ou besta, mas não um ser humano, usaremos o exemplo de uma historia real que ocorreu na Índia no ano de 1920, o caso das irmãs lobo Kamala e Amala. ”Duas garotas, uma com cerca de oito anos e meio, a outra com pouco mais de um ano, foram encontradas na selva perto de uma loba. Elas foram recebidos por um reverendo no orfanato de Midnapore.Andavam de quatro,passavam o dia escondidas á sombra;de noite eram ativas,davam saltos,tentavam fugir e uivavam,realmente como lobos.As irmãs nunca choravam ou riam,e nem demonstravam sentimentos.”
Com este fato podemos afirmar que o homem busca a convivência na comunidade, não há encontrando se desenvolve como uma fera, não sabendo viver na sociedade, sabendo apenas se comunicar como qualquer animal irracional, emitido sons para indicar alegria ou dor (como no caso das irmãs lobo, que uivavam), mas o homem como ser racional é o único que possui a fala (tanto para o emocional, quando para o racional).
Mas, de acordo com Aristóteles, o diferencial do homem está no fato de ele não se unir aos demais apenas para a satisfação de seus desejos imediatos (reprodução, proteção, alimentação, etc.), saciados no seio da família ou da aldeia. Ele tende a ir além, dar vazão às suas potencialidades, e nesse ponto entra a importância da pólis para sua realização.
O homem busca na pólis viver em plenitude com as suas necessidades enquanto espécie, e para suprir condições que outros agrupamentos (família, aldeia) estão, quando isoladas, a baixo de proporcionar. Dentro da