hoje e babado
Maria Albertina Grebler (UFBA)
GT- Pesquisa em Dança no Brasil
Palavras-chave: Dança Moderna, Teatro Moderno, Corporeidade Moderna. Tal é a quantidade de elementos comuns às artes da dança e do teatro que a primeira chegou no final do século XIX sendo considerada apenas como um gênero teatral e não como uma forma de arte autônoma. Foi só a partir do século XVIII que os limites mais definidos de uma separação formal entre estas artes começaram a ser traçados pela cultura ocidental. Mas apenas no século seguinte, em torno de 1830, justamente a partir de uma maior reflexão sobre os fundamentos de cada uma delas em si mesma foi que “a divisão dos gêneros, em Drama, Ballet e Ópera tornou-se definitiva, e cada um deles começou a levar uma vida independente no universo do espetáculo do século XIX” (GUINSBURG, 2001, p. 280). Entretanto, esta separação formal de campos não impediu a continuação do intercâmbio que até então se efetuara entre os universos da dança e do teatro. Principalmente porque no início do século XX, a Dança Moderna inventou-se como um campo independente da Dança Clássica, ao mesmo tempo em que o teatro empreendeu um profundo questionamento em relação à sua própria tradição. A Dança Moderna surgiu no cenário artístico europeu como uma forma de arte inteiramente nova: insubmissa e ligada ao presente, ela buscava novos paradigmas, e por isso identificou-se imediatamente com as vanguardas artísticas.
Deste modo, aderiu aos questionamentos do Teatro Moderno em sua crítica à estética e procedimentos acadêmicos, sua reflexão sobre a preparação do ator e sua preocupação com a relação entre o espetáculo e o espectador.
Jean-Jacques Roubine afirma que muitos diretores e atores já refletiam