Hobbes
(Hobbes, as idéias realistas e a critica ao idealismo de Locke) Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político, filósofo e matemático inglês, frequentemente citado como um dos "pais fundadores" do realismo. Embora seu trabalho possa apoiar a doutrina realista, é improvável que ele se classificasse como realista, uma vez que esta teoria ganhou força somente a partir da Segunda Guerra Mundial. Hobbes é, para o realismo em relações internacionais, a referência básica de um quadro de guerra de todos contra todos, no qual o Estado será desconfiado, auto-interessado (haverá falta de interesse na coletividade, onde cada um agirá de acordo com suas necessidades) e suas ações serão coerentes com a necessidade de sobrevivência. O Realismo centra-se na segurança do Estado e do poder acima de tudo. Os adeptos a esta teoria argumentam que os Estados são egoístas, procurando maximizar sua segurança e as chances de sobrevivência, e que qualquer ato de guerra deve ser baseado em interesse próprio. Em contrapartida às idéias realistas de Thomas Hobbes, é possível relacionarmos John Locke e suas características liberais. Locke, assim como Hobbes, acredita no ser humano no seu estado de natureza. No entanto, o pensamento lockiano acredita que o homem vem antes da sociedade e do Estado, ou seja, o estado de natureza é algo real e que a maioria do seres humanos passou por ele. Ao contrário de Hobbes (em que o estado de natureza é um estado de guerra, insegurança e violência) o estado de natureza lockiano é um estado harmônico e pacífico, com homens constituídos de razão e gozadores da liberdade e dos direitos naturais. Esta visão aparentemente utópica do estado liberal é criticada por Hobbes. A crítica de Hobbes ao idealismo é a razão principal de sua identificação com o realismo em relações internacionais. O idealismo utópico via os conflitos sociais como resultado da falta de desenvolvimento social