Hobbes e o poder absoluto do Estado
Tomas Hobbes (1588-1679), inglês de família pobre, convive com a nobreza, de quem recebe apoio para estudar, e defende ferrenhamente o poder absoluto, ameaçado pelas novas tendências liberais. Teve contato com Descartes, Francis Bacon e Galileu. Dedica-se entre outros assuntos, ao problema do conhecimento, tema básico das reflexões do século XVII, representando a tendência empirista. Aqui, veremos sua contribuição para o pensamento político, expresso nas obras. De cive e Leviatã.
O que acontecia no século XVII, época em que Hobbes viveu?
O absolutismo real atingira o seu apogeu, mas se encontrava em vias de ser ultrapassado, ao enfrentar inúmeros movimentos de oposição – baseados em ideias liberais. Se na primeira fase – Inglaterra de Isabel e França de Luiz XIV – o absolutismo favorecera a economia mercantilista, que protegia as indústrias nascentes, já na segunda fase, com o desenvolvimento do capitalismo comercial, o intervencionismo estatal começa a ser repudiado, uma vez que a burguesia ascendente aspira a economia livre. Por outro lado, o sentimento de independência em relação ao papado e a crítica à teoria do divino dos reis revelam a tendência a localização do pensamento.
A vida política é agitada por movimentos revolucionários na França, terminada a guerra de trinta anos (1618-1648), rebenta a Fronda; na Inglaterra, cromwwell, comandando a Revolução Puritana, destrona e executa o rei Carlos I (1949).
Para Hobbes, no estado de natureza, o ser humano tem direito a tudo:” O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e, consequentemente, de fazer tudo aquilo que seu próprio que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequado para esse fim”.
Ora, enquanto perdura esse estado de coisas, não haverá segurança nem paz alguma. A