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Hobbes
Método de Hobbes
“É preciso retirar a areia que envolve o corpo civil”; cf, metáfora da leitura: “O homem deve ler o livro de suas paixões”; “’lê em ti mesmo”; trata-se de uma “epokhé” das qualidades sensíveis para descobrir a verdade. Cf. Descartes, 1643, A.T., IV, p. 66.
Antropologia
Hobbes desviou o contrato social de seu objetivo, que é a democracia – é que o materialismo de Hobbes fundava uma perspectiva monarquista absolutista. Isso propõe o problema: como é possível conciliar absolutismo, materialismo e individualismo (liberalismo)?
Direito
Há duas series:
a) Direito privado – vontade – moral.
b) Força – poder – política, e o direito nada mais é que seu fenômeno.
Cujos dois núcleos são:
a) Direito privado;
b) Poder político.
Nesse sentido, Hobbes é um ponto sensível na história das ideias políticas.
Artificio
Encontra-se em Hobbes em entrelaçado de temas em torno da indagação antropológica: o que é próprio do homem? Resposta: é o artificio (cf. Leviatã, início): o Estado não passa de “animal artificial”, “corpo artificial”. O artificio-tipo que caracteriza o homem é a linguagem, a palavra: o poder arbitrário de utilizar marcas arbitrarias. Hobbes é o primeiro teórico arbitrário do signo. Há dois aspectos dessa arbitrariedade do signo:
a) Estado de natureza (aspecto secundário): não há nenhum nexo natural entre o significado e o significante, não há relação entre a palavra e a coisa designada.
b) Aspecto principal: arbitrariedade da instituição do corpo de marcas; donde a recusa a propor o problema da origem da linguagem e a negação da origem do significante no significado.
O Homem dota as coisas de marcação, para as reencontrar-reconhecer, ao passo que os animais são incapazes disso. Donde dois temas:
a) A linguagem tem distinção pratica;
b) A linguagem rompe a imediatidade;
O campo do artificio e da linguagem propõe a razão. A razão é o “cálculo sobre as palavras” cálculo