Hobbes e Rosseau

Introdução
Filosofia Política é a investigação das relações humanas em sentido coletivo. Dito isso, durante a história houve diversos pensadores que dedicaram suas vidas à desvendar estas relações, dentre os quais se destacam Hobbes e Rousseau.
Thomas Hobbes foi um teórico político, matemático e filósofo nascido em Malmesburry, Inglaterra, em 1588. Dentre suas obras, a que ganhou maior relevância foi "Leviatã", na qual o autor expôs sua visão sobre homem e sua natureza, sobre as relações formadas com outros homens e a melhor forma de governo para administrá-las.
Hobbes acreditava que a passagem do estado de natureza, no qual o homem viveria sem leis e organização, cercado por desconfiança e tensão, descrito por ele como uma constante "guerra de todos contra todos", para o estado civil, se dava através de um contrato firmado entre os homens e um soberano, com a função de criar normas e subordinação política. O soberano, por sua vez, teria o dever de manter a paz, para que seus súditos possam atingir suas satisfações pessoais, e, como Estado, deveria e ser dotado de grande força de coesão para sujeitar os homens ao respeito.
Já o outro autor, Jean-Jacques Rousseau, nasceu em Genebra Suíça, em 1712, e foi filósofo, teórico político, escritor e compositor. Eleito como o "patrono da Revolução" pelos franceses a partir de 1789, propôs através de suas obras suas considerações sobre a relação do homem para com o Estado, liberdade natural e civil, além do exercício da soberania pelo povo pela vontade geral, base do pensamento revolucionário francês.
Assim como Thomas Hobbes, Rousseau seguia a linha de reflexão dos chamados filósofos “contratualistas”. Em sua obra "Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens", o autor explica como seria um estado de natureza hipotético, a existência de uma condição primitiva de bondade e saúde naturais e todos os empecilhos causados a partir do surgimento da propriedade privada. Já em "Contrato Social",