HOBBES, Thomas. O Leviatã. Os pensadores, Nova Cultura, 1988. (Parte I- caps XIII, XIV,XV e Parte II – caps. XVII, XVIII, XXI e XXIX)
Parte I: Do Homem: Capítulo XIII: “Condição Natural da Humanidade Relativamente à sua Felicidade e Miséria”. Thomas Hobbes inicia o capítulo expondo a idéia que todos os homens nascem iguais, tanto de corpo quanto espiritualmente, mesmo que haja alguns homens mais fortes, fisicamente, ou de espírito vivo que outros todos os homens são iguais perante a natureza. Esse contraste não é danoso a ponto de privilegiar uns e prejudicar os demais. Segundo o autor, o homem é movido por paixões e todos sentem- se no direito de tê-las realizadas, para isso se esforçam em atingir esse objetivo derrotando seus oponetes, pois os homens se crêem um mais dotado de inteligência que o outro. “(...) se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que é impossível ela ser gozada por ambos, eles tornam-se inimigos (...), esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. “ (Pg. 74, 74) Há três principais causas que geram discórdia entre os homens, são elas:
- A competição, que visa o lucro ou beneficio próprio.
- A desconfiança, visa a própria segurança.
-A Glória que visa uma boa reputação própria ou mesmo da família. Quando os homens vivem sem um poder comum que seja capaz de manter o respeito entre todos, eles se encontram no estado a que podemos denominar de guerra, que para Thomas Hobbes, é a guerra de todos os homens contra todos os homens. Daí nasce duas conseqüências: ausência de idéias de justiça e injustiças. “ (...) Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça.” (Pg. 77) “ As paixões que fazem os homens tender para a paz são o medo da morte, o desejo daquelas coisas que são necessárias para uma vida confortável, e a esperança de consegui-las através do trabalho. E a razão sugere adequadas normas de paz,