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Desafios da educação a distância no Brasil
A educação a distância está se transformando, de uma modalidade complementar ou especial para situações específicas (cursos técnicos, educação de jovens e adultos), em referência para uma mudança profunda na educação como um todo. É uma opção importante para cursos de curta e longa duração, para os vários níveis de ensino, para a educação formal e informal, a educação continuada, a profissional, a corporativa. Cresce a percepção de que um país do tamanho do Brasil só conseguirá superar sua defasagem educacional por meio do uso intensivo de tecnologias em rede, da flexibilização dos tempos e espaços de aprendizagem, e da gestão integrada de modelos presenciais e digitais. A educação a distância está modificando todas as formas de ensino e aprendizagem, inclusive as presenciais, que utilizarão cada vez mais metodologias semipresenciais, flexibilizando a necessidade de presença física, reorganizando os espaços e tempos, as mídias, as linguagens e os processos presenciais e digitais. A EAD está associada há décadas no Brasil ao ensino técnico, à formação rápida de trabalhadores, ao ensino supletivo, a uma segunda oportunidade de aprender, a ensino para quem mora longe (democratização de acesso). O Brasil entrou no ensino superior a distância há pouco mais de dez anos, enquanto que a maior parte dos países já a pratica há mais de cinquenta. Mesmo assim, mais de um milhão de alunos, vinte por cento de todos os alunos de ensino superior, estudam a distância. Há um mercado inexplorado de milhões de adultos que não puderam estudar, quando mais jovens, ou que agora podem fazê-lo ou precisam de um diploma por terem mudado de área profissional ou porque querem melhorar suas vidas.
*José Moran
A EAD é ainda pouco reconhecida, apoiada nas instituições superiores. Só dez por cento atua na modalidade a distância. Em muitas, a EAD não tem pouco poder, recursos e representatividade organizacional. Muitas áreas de conhecimento,