hitoria
O clube do imperador (2002)
De Michael Hoffman. Com Kevin Kline, Emile Hirsch, Embeth Davidtz, Rob Morrow, Patrick Dempsey.
Indiscutivelmente, a questão principal abordada no filme é a ética e a conduta moral. De um lado, tem-se a figura do professor William Hundert, homem reto e de caráter inquestionável; de outro, Sedgewick Bell, aluno pouco aplicado e de atitudes imorais e libertinas; e há, também, uma sala com alunos que, evidentemente, buscam uma orientação para que se formem suas personalidades.
Fazem-se necessárias certas observações antes de se partir para o embate entre o caráter do professor e a conduta moral do aluno em destaque. Questões como a autoridade do professor, a relação aluno-família-escola e a persistência do educador são explicitadas no drama.
Diante do lema da escola, “o fim depende do início”, percebe-se claramente a intenção da instituição em moldar o caráter dos alunos, transformando-os em homens virtuosos. A capacidade de moldar o caráter dos alunos, entretanto, depende do consentimento e participação da família.
Ainda no assunto caráter, o professor Hundert enfatiza que as maiores conquistas, as maiores vitórias, sem contribuição, não têm sentido. Observa-se a intenção do professor em esclarecer que a conduta moral por trás da atitude do indivíduo determina sua importância na História.
Três aspectos são notados no final do drama: o primeiro trata da persistência do educador em executar sua missão, acreditando no aluno desvirtuado; o segundo aborda o caráter do ex-aluno já na fase adulta, em que influências do pai e outras experiências de vida superam a persistência do mestre; e o terceiro enfatiza o respeito que os antigos alunos têm por seu professor. Neste caso, até o aluno que foi prejudicado na competição reconheceu a capacidade e a importância do docente e matriculou seu filho na St. Benedict.
Seria preconceituoso, e até cômodo, afirmar que a família foi a responsável pela formação da personalidade do aluno