Histórico do Direito Internacional Privado
Aparentemente a humanidade ainda carrega grandes traumas relacionados à falta de uma liderança firme e consistente, capaz de defender os interesses desses agrupamentos, mesmo que muito primitivos. Há, até os dias atuais, um grande temor de que a ausência de lideranças verdadeiras traga um estado em que as múltiplas vontades individuais se conduzirão umas em oposição às outras; verdadeiras guerras de pequenos contra pequenos, onde a violência se revelaria de formas inimagináveis e a insegurança reinaria, trazendo consigo o medo, o desespero, infelicidade e desesperança.
O presente trabalho visa compreender o Direito Internacional Privado a partir de seu histórico, que ora se confunde com a história do Direito Privado. Tal estudo é importante porque não se compreende um sistema jurídico de forma profunda, sem as revelações do Direito Comparado e sem descobrir o seu caminho de evolução através dos tempos.
A necessidade do conhecimento do objeto antes de uma análise de seus pontos é a base para a compreensão global do objeto de estudo de qualquer ciência. Por isso, a importância de primeiramente estudar o passado desse direito.
Sendo o direito uma produção humana, ele é cultura e é produto do tempo histórico, no qual a sociedade que o produziu, ou produz, está inserida. É produção cultural e um reflexo das exigências desta sociedade.
Pois é no estudo histórico das relações entre povos que se percebe a complexidade das interações interculturais que veio sendo desenvolvida desde a completa hostilidade até a consideração do direito internacional privado como o conjunto de regras destinadas a resolver a lei aplicável, num caso concreto, dentre várias leis que são concorrentes. Tal consideração é receptáculo da esperança das nações, em substituição aos antigos desejos de uma liderança forte firmemente engajada na consecução de seus próprios interesses, contra a natural disposição hostil que opõe culturas contra culturas.
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