Histórico de alimentos transgênicos
Todo organismo que, através de técnicas de engenharia genética, contém materiais genéticos de outros organismos é denominado transgênico. A transgenia visa criar organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original: por meio da manipulação genética, combinam-se características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza, podendo ser combinados, por exemplo, os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.
Em 1982, é liberado o primeiro OGM (organismos geneticamente modificados) no meio ambiente: uma bactéria, denominada pseudômonas syringae, cuja finalidade era combater a formação de gelo na superfície das plantas. E, em 1990, surgiu o primeiro alimento transgênico nos Estados Unidos, que era uma enzima transgênica usada para elaboração de queijo. Em 1994, apareceu o primeiro vegetal transgênico, o qual era um tomate de amadurecimento retardado: o tomate Flavr savr.
No decorrer dos anos, a Engenharia Genética foi aplicada também às plantas e aos alimentos. Recebendo este último o nome de alimento transgênico, quando oriundo de planta transgênica ou de frutos cereais, ou vegetais dela extraídos, que são consumidos diretamente pelos seres humanos ou indiretamente, mediante produtos alimentares produzidos ou elaborados da mencionada matéria-prima. No Brasil, onde 9,60% (dados de 2009/2010) das lavouras empregam transgênicos, as pesquisas sobre e o desenvolvimento tecnológico de alimentos transgênicos são conduzidos pela Embrapa. A partir da Lei de Biossegurança (Lei 11105/05), a responsabilidade pela autorização do plantio e comercialização deste tipo de alimentos é feita pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Os transgênicos implicam em vantagens e desvantagens, ensejando assim, forte debate entre aqueles que defendem o uso dos mesmos e seus opositores. De