História
No século II a.c., o pater familias concede à mãe, a matrona romana, os direitos sobre a educação de seus filhos durante a primeira infância, gozando aquela de uma autoridade desconhecida na Civilização Grega. Mas, por volta dos 7 anos de idade, a educação da criança passa a estar a cargo de seu pai ou, na ausência deste, de um tio. Caberá ao pai a responsabilidade de proporcionar ao filho a educação moral e cívica.
Esta forma de educação tem por base a preocupação natural de associar os valores culturais e o ideal colectivo. Exalta a piedade, no sentido romano do termo pietas que traduz respeito pelos antepassados. Nas tradicionais famílias patrícias, os antepassados representam orgulhosamente os modelos do comportamento, repetidos geração após geração.
Quando o adolescente, por volta dos dezasseis anos de idade, inicia a aprendizagem da vida pública, o tirocinium fori. O jovem acompanhará o pai ou, se necessário, um outro homem influente, amigo da família e melhor posicionado para o iniciar na sociedade. Durante cerca de um ano, e anteriormente ao cumprimento do serviço militar, o jovem adquire conhecimentos de Direito, de prática pública e da “arte do dizer”, conceção romana da eloquência.
Paralelamente a esta preceptoria particular no seio das grandes famílias surge o ensino público do grego, ministrado em verdadeiras escolas, umas vezes por escravos gregos que assumem o papel de Mestres, outras, por Mestres Gregos qualificados. Não satisfeitos com este tipo de educação, muitos jovens romanos deslocar-se-ão à Grécia para aí completarem os seus estudos. 2. O Ensino Romano:
No entanto, o ensino em Roma apresenta algumas diferenças significativas face ao modelo educativo dos gregos e algumas novidades importantes na institucionalização de um sistema de ensino.
O ensino da música, do canto e da dança, peças chave da educação grega, tornaram-se objecto de contestação por parte de alguns sectores mais