História
Portugal não acompanhou o crescimento económico europeu durante os “Trinta Gloriosos”, o seu atraso persistiu em alguns sectores como a agricultura. Ao nível da agricultura, esta encontrava-se desequilibrada na estrutura fundiária Norte-Sul, no Norte predominavam os minifúndios, que eram geridos por pequenos proprietários ou rendeiros e caracterizavam-se por serem pequenos, o que dificultava a mecanização e a sua produção era virada para o auto-consumo, enquanto, no Sul predominavam os latifúndios que eram propriedades de maior dimensão e mal aproveitadas, onde os seus proprietários raramente se encontravam presentes como também impediam reformas na estrutura da propriedade. Era necessário também rever a situação dos rendeiros, visto que, um terço da área agrícola era cultivado em regime de arredamento precário e, portanto, pouco propício ao investimento. Este tipo de situações levou à estagnação do mundo rural, devido ao êxodo rural e à emigração.
Ao nível da indústria foram criados Planos de Fomento, a partir de 1953, que caracterizaram a política de desenvolvimento do Estado Novo. O I Plano de Fomento não rejeitou o sector agrícola mas deu mais atenção à industrialização para a melhoria do nível de vida, este plano teve como prioridade a criação de infraestruturas como a electricidade, os transportes e as comunicações, como por exemplo, a barragem de Castelo de Bode. No II Plano de Fomento, em 1959, e privilegiou o sector da indústria transformadora de base, como a siderurgia, a refinação do petróleo, os adubos, os químicos e a celulose. Pela primeira vez, a agricultura foi posta de parte e se apostou na industrialização que dava alguns aspectos positivos à agricultura. Durante a década de 60, Portugal entrou na economia europeia e mundial, o que provocou alterações significativas à política económica portuguesa, quando este se tornou um dos países fundadores