História
Alguns aspectos da fisionomia da educação escolar na Idade Média, principiou-se no interior do mundo antigo. Período em que o Império Romano começava a ruir. Permanecia a cultura clássica, ao mesmo tempo em que a cultura germânica e cristã se propagavam.
Segundo P. Riché, os benfeitores particulares, a legislação imperial e os dirigentes das cidades sustentavam as instituições escolares desse período. O princípio da cidadania romana incluía o projeto de criação de escolas municipais públicas. Escola Romana
Até o século X havia estas escolas chamadas clássicas ou pagãs. Enquanto a organização feudalista se iniciava, permanecia a vida escolar nos moldes da tradição greco-romana.
"Nem bárbaros, nem cristãos destruíram essas escolas, embora tivessem inferido nos saberes nelas ministrados." (p.10)
Início da Idade Média
Iluminura Medieval: Ecce Homo.
A Patrísctica (século I - IV) foi uma história conflituosa entre a nova doutrina cristã e a antiga cultura clássica. Contudo, predominou a interpretação conciliatória defendida por Agostinho (354 - 430). Santo Agostinho
Neste novo programa, a forma da educação poderia ser clássica desde que o conteúdo fosse bíblico e introdutório ao conhecimento sagrado, a teologia divina.
"É o que W. Jaeger (Cristianismo Primitivo e Paideia grega) chama de paideia christi: uma formação na qual os antigos conhecimentos do trivium, do quadrivium, e da filosofia foram absorvidos pelo cristianismo para o aprofundamento de verdades religiosas". (p. 11)
Essa conciliação se dava por meio da alegoria, antigo método que utilizava-se de pensamentos figurados aplicados aos textos bíblicos.
Desse modo as crianças cristãs, diferentes dos padrões judaicos (educação religiosa e clássica não se misturavam), permaneceram frequentando as escolas pagãs que ainda resistiam. As culturas clássicas e bíblicas eram aprendidas e praticadas nas igrejas e nos mosteiros.