história
1 A DIVERSIDADE CULTURAL: ALGUMAS REFLEXÕES
A educação escolar, considerando, especificamente, a escola como espaço de relações sócio-culturais, no contexto da sociedade brasileira na atualidade. Isto significa pensar a questão da educação dentro de uma sociedade plural, que participa do mundo globalizado e que constitui uma sociedade industrial, de consumo e de informação, embora de forma dependente; e, na qual, a questão social fundada no diferente/desigual é muito significativa.
Inúmeros debates têm sido travados em torno do conceito apropriado que responda amplamente as questões provenientes da problemática da diversidade cultural. Para situar brevemente a discussão, faremos referência à análise crítica de Akkari (2010, p. 75):
Em síntese, podemos constatar, em vários países, uma diferença notável na emergência da temática da diversidade cultural na escola, entre os países que optaram pela utilização do termo multicultural e os que escolheram o termo educação intercultural. Os primeiros, entre os quais encontramos a maioria dos países anglófonos, focalizam a necessidade do reconhecimento e a valorização das diferenças culturais. Os segundos, entre os quais encontramos os países francófonos, demonstram a preferência pelo termo educação intercultural, visto que ele permite evidenciar as interações, as trocas e as construções originadas dos contatos entre as culturas.
Dito isto, se constata que tanto a abordagem multicultural quanto a intercultural sinalizam avanços consideráveis no que se refere ao exercício de considerar a importância da diversidade cultural na educação, no entanto, ambas apresentam limitações conceituais que precisam ser discutidas e problematizadas para que se possa avançar nessas discussões. A primeira se refere à perspectiva da “justaposição” das culturas que se encontram num mesmo espaço, como se cada uma, lado a lado, formasse pequenos blocos de um “mosaico”; e a segunda, enfatiza o relacionamento das