História
Diogo da Silva Roiz1
Resenha: PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & história cultural. 2ª Edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. 132p.
A História Cultural se tornou um sucesso de vendas no mercado editorial. As possibilidades de pesquisa neste campo parecem ser infindáveis. Tudo que tem história, ou antes, laços simbólicos integrados num conjunto de códigos a que se chama de “cultura”, está passível de ser investigado pela História Cultural. Enquanto ocorre a diminuição, ou mesmo, a alteração das linhas de pesquisa de programas de História Social e de História Econômica no país, nunca foi tão grande o número de programas abertos, ou que já estavam em funcionamento, centrando-se na História Cultural. O mesmo tem acontecido com as pesquisas, que nos últimos decênios, segundo algumas estimativas, estão concentradas na História Cultural, perfazendo cerca de 80% de tudo o que tem sido produzido nas universidades brasileiras. Não se reduzindo apenas ao Brasil, a História Cultural se tornou um fenômeno (de publicações, pesquisas e leitores) no mundo inteiro. No entanto, a cultura parece ser hoje tão polissêmica a ponto de inviabilizar uma definição adequada do termo. Para muitos autores, principalmente marxistas, a História Cultural não passa de um rótulo opaco e sem significado consistente; e ainda, não tem consistência teórica, nem procedimentos de pesquisa apurados. O que implica nos questionarmos: o que é a História Cultural? Quais as suas principais
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Professor do Departamento de História nos cursos de História e de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
Pensamento Plural | Pelotas [02]: 181 – 186, janeiro/junho 2008
Pensamento Plural .
características? Quais as suas principais contribuições à pesquisa histórica? Num ensaio muito bem escrito, voltado principalmente para os iniciantes, Sandra Pesavento, ao longo dos oito pequenos capítulos de seu livro, preocupou-se