História
Entre os anos de 1894 e 1930, o Brasil viveu um período de sua história política conhecido como “República Oligárquica”. Ao vermos esses termos juntos, acabamos tendo uma estranha sensação contraditória. Afinal, como um governo republicano, que defende o interesse da maioria, poderia ser também um governo oligárquico, ou seja, um governo de poucos?
A situação sem dúvida é estranha, mas era exatamente isso que acontecia no Brasil nessa época. Nossas leis diziam que o país era republicano, que nossos governantes eram eleitos pelo povo e que esses eleitos deveriam atender o interesse da maioria. Na prática, o país era controlado pelos grandes proprietários de terra, que na época eram costumeiramente chamados de “coronéis”.
Na época, o voto era aberto, ou seja, a pessoa deveria declarar abertamente em qual candidato ele votaria. Aproveitando disso, os coronéis ameaçavam aqueles que quisessem votar em candidatos que não fossem do agrado desses grandes donos de terra. Sendo assim, a liberdade de escolha era seriamente prejudicada e os mais ricos tinham a oportunidade de controlar o resultado das eleições.
No campo da economia, o café continuava a ser o mais importante item de exportação. A industrialização acontecia de modo desorganizado, crescendo somente quando os grandes países industrializados viviam alguma situação de crise. Os trabalhadores tinham pouco amparo do governo federal, que investia muito pouco em projetos que superassem as dificuldades dos menos favorecidos.
Essa situação acabou causando um grande número de revoltas no campo e na cidade. A miséria, o autoritarismo e as oscilações da nossa economia eram as motivações gerais dessas revoltas do período oligárquico. Ao invés de reagir de modo razoável, o governo preferia utilizar da força das armas e da violência para conter a insatisfação dos populares dessa época.
DESENVOLVIMENTO
O Coronelismo e o poder político
Para compreendermos o funcionamento da República