História ORAL

1- O elo familiar guarda coisas muito íntimas as quais na hora de passar para o entrevistador , quem está sendo entrevistado age com bastante cautela.Na nossa entrevista eu percebi que a entrevistada buscou apenas falar das partes boas da infância e deixou de lado tudo que para ela era considerado ruim, ressaltou várias vezes as coisas boas que lhe aconteceram quando era criança mas evitou falar por exemplo da dificuldade que teve para estudar pelo fato de ter deficiência visual.

2- Antes disso os excluídos como as pessoas de classe baixa ,índios,negros e mulheres não tinham voz e com a influencia da Escola dos Annales os mesmos começaram á ter sua vez na história.E com isso hoje em dia temos os relatos,livros,artigos,etc, sobre a vida de cada um desses grupos que formam os excluídos.

3- Os indivíduos procuram esquecer o que causa constrangimento ,vergonha e até mesmo sentimentos de revolta por algo que aconteceu no passado.No caso das entrevistas é nesta hora que o interrogador tenta decifrar o silencio do individuo que evita falar daquilo que tanto lhe machuca, no caso de manter um certo cuidado em revelar sua vida no meio em que vive, certamente é com medo da opressão e até mesmo medo de sofrer represálias que possa vim á sofrer pelos outros membros da comunidade.

5- O “oralista” precisa de muita cautela na função de ouvir, pois precisa decifrar o silencio do individuo que ta sendo entrevistado e buscar interpretar toda aquela situação, ele busca compreender o fato como construção de valores,subjetividade e mundo.No entanto para exercer tal função é preciso uma alto-avaliação do oralista em relação a sua posição de classe,função social,etc.