História do Sindicalismo no Brasil
O sindicalismo teve início em meados do século XIX, na Inglaterra, onde, durante a Revolução Industrial, surgiram diversas associações operárias de ajuda mútua e de defesa dos trabalhadores, as quais foram legalizadas em 1824, difundindo-se, na década seguinte, por toda a Europa. O modelo de referência do movimento era o sindicalismo britânico, representado pelas Trade Unions (primeiros sindicatos).
O final do século XIX ficou marcado também por ser o período da história do sindicalismo em que surgiram várias tendências de caráter teórico ou organizativo no movimento. O sindicalismo revolucionário, que persistiu até depois da Primeira Guerra Mundial, nasceu na França e se irradiou para Itália e Espanha. Esta corrente sindicalista acolhia ideias e ideais socialistas e anarquistas em virtude de defenderem um movimento operário politicamente independente, desde o não alinhamento em partidos até a recusa de representação parlamentar ou institucional. Seu principal objetivo era o de aniquilar as estruturas burguesas.
Já o sindicalismo anarquista, ao contrário do socialista, organizava-se segundo critérios geográficos e não por ofícios, internacionalizando-se por meio de federações ou confederações.
Opondo-se a estas tendências, o sindicalismo reformista, também da mesma época, não visava a derrubar o sistema capitalista, optando por uma linha menos radical que entendia por bem negociar com as entidades patronais e governativas no sentido de se elaborarem reformas legislativas graduais que melhorassem as condições laborais e de vida dos operários. A via reformista era moderada, defendendo a greve como último recurso, depois de esgotadas as fórmulas contratuais ou negociais. Associavam-se por ofícios, tendo inúmeros afiliados e grandes recursos financeiros. Esta tendência manteve-se para além da Primeira Guerra Mundial na maior parte da Europa.
Ainda, outro tipo de organização sindical era a corporativista, nascida