HISTÓRIA DO SINDICALISMO NO BRASIL
A história do sindicalismo no Brasil corresponde ao desenvolvimento do nível de busca e luta dos direitos trabalhistas da classe operária. Com a Primeira Revolução Industrial a situação dos trabalhadores era precária, os mesmos não tinham direitos e seu tratamento se assemelhava ao de escravos. Sem distinção por idade, sexo ou capacidade para o trabalho, os operários trabalhavam 16 horas por dia em ambientes abafados – facilitando o desenvolvimento de doenças – mal iluminados e sem qualquer tipo de higiene. Os operários contraíam facilmente doenças, pois suas condições de trabalho e moradia eram completamente insalubres e as epidemias os atingiam constantemente. Naquela época os trabalhadores não tinham direitos como: caixas previdenciárias, aposentadoria remunerada, direito de férias ou descanso semanal remunerado. As Sociedades de Socorro e Auxílio Mútuo foram as primeiras formas de organização dos operários, as mesmas buscavam dar uma espécie de auxílio material aos operários que se encontravam em maiores dificuldades. As Uniões Operárias vieram logo em seguida, que depois se ramificaram por ramos de atividade dando uma base ao que seria no futuro os modernos sindicatos. As greves vieram após os operários se sentirem apoiados e esta foi a principal forma de pressão encontrada pelos trabalhadores para que pudessem buscar melhores condições de trabalho. Um dos primeiros e mais importantes movimentos grevistas ocorreu no Porto de Salvador que na época era o maior das Américas. A Primeira Greve realmente aconteceu no Rio de Janeiro em 1858, realizada pelos tipógrafos contra as injustiças patronais e os mesmos reivindicaram aumentos salariais.
A COB E O ANARQUISMO
Em 1906 foi fundada a Confederação Operária Brasileira (COB). A mesma possuía ideias anarco-sindicalistas – negavam a importância da luta política privilegiando a luta dentro das fábricas, acreditavam que era a maneira mais direta e que apresentaria melhores