História do grafite
O grafite é uma arte milenar que acompanhou diversas civilizações. Na Idade Contemporânea ganhou forma a fim de denunciar a opressão que vivia a humanidade ou marcar a passagem do ser humano pelo espaço urbano.
No Brasil, o movimento começou no final da década de 1970, em São Paulo, que é até hoje o maior pólo da arte. Influenciado pelo Hip Hop, o grafite é uma reflexão da realidade nas ruas e é , em maioria, praticado pela periferia.
No Capão Redondo, zona sul de São Paulo, o grafite faz parte a muitos anos dos muros da região através do projeto ‘Gente Muda’. O objetivo é transformar a atmosfera de miséria, pobreza e dificuldades, que em geral denominam a periferia, em algo mais colorido que mostre que não é só de tristeza que vive esse lugar.
Claro que o projeto também é um jeito de chamar a atenção da sociedade para o contraste dos padrões de vida da Capital. ‘Gente Muda’ projetou-se em diversas vias da zona sul, mas as obras foram apagadas e refeitas várias vezes.
Grafite ganha as ruas de São Paulo
Em outubro deste ano, São Paulo vai colorir sua paisagem. Isso porque vão ser iniciadas as pinturas do 1º Museu de Arte Urbana de São Paulo. O local escolhido foi a Zona Norte, mas precisamente a Avenida Cruzeiro do Sul, e conta com o apoio da Secretaria do Estado da Cultura e do Metrô, que contribuíram com tinta e spray.
A arte do grafite vai ser pintada em 68 pilastras por 58 artistas. A idéia é fazer com que grafiteiros de periferias se envolvam com o projeto e estimulem as outras pessoas a refletirem sobre o espaço público urbano.
Esse movimento já é uma realidade em países de primeiro mundo, como a Alemanha, e deverá ser expandido para outras regiões de São Paulo, como a Luz e o Vale do