História da maior galeria de grafite a céu aberto do Brasil
Conhecida como o reduto boêmio da cidade de São Paulo, a Vila Madalena é recheada de histórias para contar. Situado na zona-oeste da cidade o nobre bairro abriga, desde os anos 1970, um grande número de bares, restaurantes e casas noturnas. Outra característica da região são os nomes líricos de algumas de suas ruas como por exemplo: Paulistânia, Girassol, Purpurina e etc.
Mas não são apenas os estabelecimentos comerciais e os nomes diferentes que fazem a fama da região. Entre as vielas da Vila Madalena, mais precisamente nas ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque, fica localizado o tradicional Beco do Batman, uma galeria de grafite a céu aberto que tornou-se ponto turístico para os amantes das artes urbanas.
Com paredes inteiramente dedicadas ao grafite, sua história tem início nos 1980, quando um desenho do famoso homem-morcego apareceu ali. O fato atraiu estudantes de artes plásticas, que começaram a colorir diariamente os muros das ruas com desenhos de influências clubistas e psicodélicas (cores que causam alterações na percepção das pessoas), transformando-a em uma galeria totalmente composta por arte.
“Antes de ter as paredes coloridas pelos desenhos, as ruas da região eram sujas e perigosas. Tínhamos medo de frequentá-las quando anoitecia. Porém, com os grafites, estas ruas passaram a ter maior fluxo de pessoas, e nos sentimos mais seguros para voltar a andar pelo local”, relembra Maria da Conceição, moradora do bairro há 40 anos.
Alías, a busca pelo espaço é um dos fatores que marcam a galeria. Todos os dias, diversos grafiteiros passam pelo Beco do Batman com o objetivo de estampar seu trabalho nos muros. Porém, existem regras. Grafitar suas paredes sem pedir autorização ao dono do determinado espaço pode acarretar em sérios problemas a quem se atrever a fazê-los: "Um grafiteiro não pode chegar lá e pintar sem autorização. Se ele faz isso, pode