História do Cinema Espanhol
O cinema espanhol teve inicialmente sua identidade atrelada ao cinema europeu, desenvolvendo uma tendência de se aproximar do cinema norte-americano. Essas influências externas foram ao longo dos anos configurando um estilo de cinema de formação americana.
“[...] no maravilhoso mundo da globalização, o cinema espanhol internacionaliza-se, perdendo seus traços locais e aproximando-se cada vez mais de Hollywood” (Mauro Baptista e Fernando Mascarello, 2008 p. 107).
O surgimento do cinema espanhol deu-se num regime ditatorial, através de pequenas produções isoladas e sem visibilidade, inseridas em um contexto de conflitos econômicos, políticos e sociais. Com a derrota dos republicanos e com o fim da Guerra Civil Espanhola em 1939, o general Francisco Franco assume o poder deixando a Espanha em total regime ditatorial, que durou mais que quatro décadas, ocasionando o controle absoluto do Estado, a perda da liberdade e principalmente a censura artística.
De acordo com Baptista e Marcarello (2008) o marco zero do cinema espanhol contemporâneo pode ser considerado a partir da morte do ditador Franco, em novembro de 1975. Isso possibilitou a reabertura do país para as artes, com o fim da censura os cineastas puderam explorar suas criatividades sem medo de serem repreendidos.
No regime ditatorial o cinema espanhol sobrevivia marginalizado devido à grande repressão vivida pelo país, palcos foram os filmes de destaque.
O renascimento do cinema espanhol em 1975 teve como produção dois filmes clássicos: Espírito da colmeia (1973), produzido nesse ano, mas divulgado após 1975, de Victor Erice, e o filme Cria cuevos, de Carlos Saura. As propostas dos filmes estão em suas metáforas críticas sobre o regime ditatorial que o país enfrentou. Estes filmes da década de 1970 são caracterizados por duas tendências, segundo Peñuela Cañizal (1996), uma em que se cultiva a parábola política e a outra, chamada de cinema cosmopolita, que demonstra