História de Goiás, livro Frutos da terra
Disciplina: História de Goiás
II Frutos da Terra
1. “Não houve florescimento agrícola por toda a primeira metade do século XIX, induzindo a economia a um estado de subsistência, fazendo-a girar em torno do gado, atividade que desconhecia problemas de transporte e trazia bons rendimentos para a arrecadação estadual.”
2. “A agricultura, por sua vez, seria o exemplo mais de que Goiás, dentro de suas características sociais, politicas e culturais, não se adequava à tão difundida ideia do atraso.”
3. “O setor de alimentos se desenvolveu conjuntamente com a pecuária. Nitidamente de subsistência em seu início, foi, aos poucos, moldando os indivíduos e suas famílias em torno de sua pequena produção, utilizando processos rudimentares no cultivo da terra. A agricultura goiana era carente de capital. Delineou-se por meio da chamada 'roça', trampolim para a ocupação de novas e extensas terras, de onde frutificaria a produção que os trilhos da estrada de ferro levariam pelo Brasil afora, inserindo, paulatinamente, Goiás no contexto do mercado nacional.”
4. “A fertilidade das terras goianas, decantada pelos viajantes europeus desde tempos idos, não assumiu, de início, o lugar que viria a ter no rol da produção regional. Os frutos da terra eram variados. O conjunto da produção, porém, não era de todo representativo. Os géneros básicos se faziam presentes - milho, arroz, feijão, cana e mandioca se alternavam na mesa dos goianos e iam, aos poucos, tendo sua produção canalizada para a exportação.”
5. Ao longo do Império, a agricultura continuou como atividade secundária para o Estado, pois a pecuária trazia maiores divisas em termos de dinheiro liquido. Assim, a agricultura, permeada pela carência de comunicação e de excedentes exportáveis, possibilitava a primazia da pecuária.”
6. “Importa ressaltar que a ascensão agrícola não significou a substituição da pecuária de imediato. Deficiências de toda ordem dificultavam o desenvolvimento da