História das Usinas em Pernambuco
Durante várias décadas, até meados do século XX, Pernambuco foi o principal produtor nacional de açúcar, porém a partir do século XIX haveria uma revolução no comércio e indústria, uma vez que na Europa, a beterraba passou a ser utilizada na produção de açúcar, oferecendo-se um produto de melhor qualidade ao mercado consumidor. Fazendo com que o Brasil investisse na sua produção, obrigando as fábricas a construírem ferrovias, contratar técnicos práticos ou com formação universitária, para controlar a produção e qualidade do açúcar e do álcool.
A partir da década de 1871/80 se procederia a uma lenta transformação na agroindústria açucareira pernambucana, com a decadência dos antigos engenhos bangüês e a sua substituição por usinas, acarretando uma série de transformações sociais. Alguns proprietários melhoraram as condições técnicas dos seus engenhos, com a implantação de máquinas para a produção do açúcar cristal, esses engenhos modernos seriam chamados de engenhos centrais e usinas. Os engenhos centrais não tinham diferença do ponto de vista técnico das usinas, mas sim do ponto de vista econômico: geralmente pertenciam a uma sociedade, não possuíam terras e não desenvolviam atividades agrícolas. Os engenhos centrais instalados em Pernambuco a partir de 1884 tiveram pequena duração, muitos deles foram vendidos a usineiros, sobretudo após a proclamação da República. Com isso foram fundadas numerosas pequenas usinas, muitas delas com instalação de algumas máquinas que lhes permitia a produção do açúcar demerara. Eram chamadas de meios-aparelhos ou meias-usinas e, à medida que aumentavam a sua capacidade de produção, iam absorvendo os engenhos banguês que restavam e posteriormente também pequenas e médias usinas. Observou-se, então, que ao mesmo tempo em que diminuía o número de usinas em atividade, aumentava a produção de açúcar e de