História da Região
Na passagem para o século XX, com a consolidação de outros campos de conhecimento, como a Geografia, a Sociologia, entre outros campos que proporcionaram outras formas de abordagem interdisciplinar dos fenômenos sociais, surgiu a possibilidade de estudar as partes
(regiões, grupos, locais) do todo nacional.
No caso específico da França, os historiadores que se identificaram com os Annales, liderados por Febvre promoveram a aproximação com a geografia humana, que tem seu maior nome Vidal de La Blance.
Em 1922, Lucien Febrve defendia em “A Terra e a evolução humana”, o estudo de recortes menores e precisos, que permitissem a percepção de particularidades. A busca pela interação entre o todo e as partes, em uma chamada “história total”.
Escrevendo no início da década de 1970, Pierre Goubert apontava para um novo tipo de história que tornou-se possível pela ligação à um novo interesse pela história social. Tal história concebida por Georges Duby, como uma síntese entre a civilização material e a mentalidade coletiva, exigindo então campos de pesquisa bem delimitados.
Os estudos locais tiveram seu surgimento nos anos 80, seus fundadores foram os historiadores italianos Carlo Ginzburg e Giovanni Levi, o locus de observação dos historiadores se aproxima dos indivíduos, rompe-se com os principais paradigmas da história objetiva e tradicional, valorizando a historicidade de pessoas comuns. Ao esmiuçar ações factuais, personagens e lugares comuns, os estudiosos possibilitaram uma aproximação da dialética entre passado e presente do nosso cotidiano. Tem como objetivo buscar subsídios que auxiliem na compreensão da história das sociedades e seus vínculos com o poder.
A história regional não se