História da Psicologia
Wilhelm Wundt passou os anos iniciais da sua vida nas pequenas vilas das proximidades de Mannheim, na Alemanha. Teve uma infância solitária (seu irmão mais velho ficava em um internato) e a sua única diversão era ficar sonhando em um dia se tornar um escritor famoso. Seu rendimento escolar foi baixo nos aos iniciais. Seu pai era pastor, mas Wundt não tinha boas recordações dele, embora tanto o pai como a mãe, fossem descritos como pessoas sociáveis. Lembrava-se de um dia em que o pai fora visitar a escola e dera-lhe uma bofetada no rosto por não prestar atenção ao professor. No início do segundo ano, a responsabilidade pela sua educação ficou a cargo de um assistente do pai, um jovem vigário por quem o garoto acabou criando uma forte afeição. Quando o pároco foi transferido para uma cidade vizinha, Wundt ficou tão chateado que foi autorizado a viver com ele até os 13 anos.
A família de Wundt era dotada de forte tradição acadêmica, com ancestrais intelectuais renomados em praticamente todas as áreas. Entretanto parecia que essa extensa linhagem seria interrompida com o jovem Wundt. Ele passava a maior parte do tempo sonhando em vez de estudar, e fora reprovado no primeiro ano do Gimnasium. Sua relação com os colegas de classe não era muito amistosa e ele era ridicularizado pelos professores. Aos poucos, no entanto, aprendeu a controlar seus devaneios, tornando-se relativamente popular. Embora nunca houvesse apreciado a escola, esforçou-se para desenvolver seus interesses e a sua capacidade intelectual. Quando se formou, com 19 anos, estava preparado para prosseguir os estudos universitários.
Decidiu tornar-se médico por duas razões: desejava trabalhar com a ciência e ganhar a vida. Frequentou a escola de medicina das universidades de Tubingen e de Heidelberg, nesta tendo cursado anatomia, fisiologia, física, medicina e química. No decorrer do curso, percebeu não ter tanta inclinação para a medicina e decidiu especializar-se