História da psicologia no brasil
Entre os séculos XVII e os inícios do século XIX aconteceu o autodidata. Devido às condições impostas pela política cultural da Metrópole, a inexistência de Universidades e de escolas de terceiro grau no território nacional levara jovens brasileiros membros de famílias mais abastecidas a realizar seus estudos no exterior, com isso o Brasil acabou se empobrecendo em relação a mão de obra especializada. Uma das conseqüências mais graves desse êxodo (emigração) foi a impossibilidade de se conseguir modalidades de formação do intelectual integradas às condições e às peculiaridades da realidade nacional em relação à educação e recursos humanos; além do mais, tal situação estimulou a tendência ao individualismo dos pensadores.
“A vida de um homem neste mundo não é mais que uma mera peregrinação”
A ênfase na mobilidade do homem da experiência humana, que caracteriza esse período, remete-nos por sua vez à imagem do homo viator formulada pela tradição medieval e que, encontrara sua continuidade no Brasil na produção cultural do jesuíta Alexandre de Gusmão. Assim os excessos de humores na composição psicossomática do individuo determinam as “enfermidades”, entre elas a tristeza que ocorre pela mutabilidade e da instabilidade da vida. Desse modo, as qualidades atribuídas aos objetos dependem da dinâmica das emoções. Nessa época o Brasil era marcado pelo pessimismo, pelas mudanças, variabilidade e a conseqüente instabilidade da vida social. Então, a dimensão psicológica, interior do homem, não é mais concebida como o espelho da harmonia universal, mas sim como o refugio precário e passageiro do individuo ante os absolutismos do poder e a desordem exterior da sociedade.
O estado físico da nossa maquina influi poderosamente nas operações de nossa alma
Mello Franco (1757-1822), define o físico como “a recíproca encadeação de todos os sistemas de órgãos que formam a nossa