História da morte no Ocidente
-A vulgata da morte foi parcialmente alterada durante a segunda fase da Idade Média. (Séc. XI e XII)
-Familiaridade com a morte: aceitação da ordem da natureza
-Concepção coletiva da destinação X Preocupação com a particularidade de cada indivíduo
“A representação do juízo final”:
Bispo Agilbert foi enterrado em 680 na capela funerária que mandara construir, ao lado do mosteiro onde devia retirar-se e morrer, em Jouarre.
-No sécULO. XIII, a inspiração apocalíptica, a evocação do retorno foi quase apagada. Cada homem é julgado segundo “o balanço de sua vida”, as boas e más ações são escrupulosamente separadas nos dois pratos da balança.
-Liber Vitae: livro de contas individual.
-Acreditava-se em uma vida além da morte que não ia necessariamente até a eternidade infinita, mas que promoveria uma conexão entre a morte e o final dos tempos.
“No quarto do moribundo”:
-Supressão do tempo escatológico entre a morte e o final dos tempos.
-A grande reunião que nos séculos XII e XIII tinha lugar no final dos tempos se faz então, a partir do século XV, no quarto do enfermo.
Duas interpretações:
-Luta cósmica entre as potências do bem e do mal que disputam a posse do moribundo; quanto a este, assiste ao combate como um estranho,, embora ele mesmo esteja em jogo.
-Deus e sua corte estão presentes para constatar como o moribundo se comportará no decorrer da prova que lhe é proposta antes de seu último suspiro e que determinará a sua sorte na eternidade.
A solenidade ritual da morte no leito tomou, no fim da Idade Média um caráter dramático com uma carga de emoção que antes não possuía.
“O cadáver decomposto”:
-Séculos XIV à XVI → Representação da morte através de um cadáver semi-decomposto é pouco difundida.
-Século XII → o esqueleto ou os ossos – morte secca- difundiram-se sobre todas as tumbas, chegando até mesmo a penetrar no interior das casas, sobre as chaminés e móveis.
-A morte nos testamentos está ligada à