História da loucura - introdução
As significações da loucura tiveram várias definições ao longo da história. A loucura na antiguidade era considerada uma manifestação divina. O ataque epilético, intitulado como a doença sagrada, significava maus presságios, quando isso acontecia durante os comícios, era interpretado como uma interdição divina, não se deveria acreditar nas palavras do orador. Por exemplo, para Aristófanes, era vista como uma doença mental que possui causa e especificidades definidas, e a intervenção era por meio de banhos e alimentação especial. Para Sócrates, existiam quatro tipos de loucura, a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo deles – o oráculo; a ritual, em que o louco se via através de danças e rituais possuídos por forças exteriores; amorosa, produzida por Afrodite e a poética, produzida pelas musas. Já Platão mostrara acreditar em uma espécie de “loucura divina” com base fundamental de toda criatividade. Para Doublet havia quatro classes de doenças do espírito; o Frenesi, a mania, a melancolia e a imbecilidade.
Na Idade Média as cidades escorraçam os loucos, deixando-os correndo pelos campos, ou levados de barco de uma cidade a outra, ainda permanecia a idéia da presença demoníaca. Alguns loucos eram protegidos pelas famílias, outros eram acorrentados, outros exorcizados, outros queimados (bruxos). Ao final desta época, o homem europeu estabeleceu uma relação entre Loucura, Demência, Desrazão.
A partir do século XVIII começaram a aparecer espécies de asilos onde abrigavam os loucos que continuavam vagando e falando incoerentemente, exemplos destas casas de detenção são o Hotel de Paris e a Torre dos Loucos de Cean na França.
Já no século XX, cientistas buscavam as raízes da genialidade, na busca por entender a loucura na sua forma psicológica. William James, Segismundo Freud, Nancy Andreasen, Joy Paul Guilford, entre outros abordaram a questão entre genialidade e loucura. “Quando um intelecto superior se une a