História da cidade
Em 1733, por ocasião da morte do Coronel Antônio da Rocha
Pita, foi doada a sesmaria de Pau dos Ferros a seus filhos e herdeiros, Francisco da Rocha Pita, Luiz da Rocha Pita
Deusdará, Simão da Fonseca e Maria Joana.
Mas foi Francisco Marçal, o grande pioneiro da história de Pau dos Ferros, com seu esforço e com sua capacidade de mobilização que, em 1738, no núcleo populacional já existente ergueu a capela que mais tarde, no ano de 1756, veio a ser matriz de uma grande freguesia.
Exatamente por ser um costumeiro local de parada, os vaqueiros decidiram gravar no tronco da grande árvore, com ferro em brasa, as marcas de seus patrões, com a finalidade de que todos passassem a conhecer os carimbos, uns dos outros, para poderem identificar as reses perdidas nos pastos e fazê-las retornarem ao seu dono. A majestosa árvore ficou cheia de marcas de gado, cada vez mais procurada pelos vaqueiros, cada vez mais famosa, e tornou-se o início de uma era, início de uma comunidade.
O povoado cresceu rapidamente, favorecido por sua estratégica localização no centro da região oestana e pelo desenvolvimento de sua pecuária e de sua agricultura.
Em 1841, começava uma série de tentativas para fazer de
Pau dos Ferros um município. Era uma luta que unia todo o povo e estendeu-se por vários anos.
A Resolução Provincial nº 344, de 4 de Setembro de 1856, tornou Pau dos Ferros município, desmembrado de
Portalegre.
ORIGEM DO NOME PAU DOS FERROS
A origem do topônimo Pau dos Ferros assim é explicada por Luís da Câmara
Cascudo, com apoio na tradição oral sertaneja: Os vaqueiros que transitavam pela zona e tinham por hábito repousar à sombra das frondosas oiticicas, que se erguiam à beira de pequena lagoa, gravavam no tronco de uma delas, com ferro em brasa, as marcas das respectivas fazendas, a fim de torná-las conhecidas, facilitando assim a identificação das reses tresmalhadas. A árvore ficou conhecida como Pau dos