CIDADE E HISTÓRIA
Emerson Bernardo Lopes*
Com a apresentação do Livro Cidade e História, José D’Assunção, propõe algumas questões fundamentais que vem a nortear as análises do fenômeno urbano nos últimos tempos, sem, contudo; criar novas questões sobre as que já existem, mas formular conceitos e orientações para os neófitos no campo de estudo das cidades e a Urbe. Os conteúdos são apresentados em capítulos, contudo, vem carecendo de mais orientações, pois não é possível estabelecer uma análise de vários séculos em apenas mais de uma centena de páginas, olvidando assim vários conceitos e bibliografias de suma importância ao estudo das cidades e o urbanismo. Entre os temas apresentados “A EMERGÊNCIA DA REFLEXÃO SOBRE A CIDADE”, cria uma expectativa sobre o leitor, pois são as primeiras reflexões sobre o tema URBE. Este mesmo tema foi desde 1860 alvos de estudos e criação de métodos e teorias apropriadas que levaram o seu estudo a um campo do saber específico que vem pensar a cidade de forma simultânea pela forma, funcionalidades e desdobramentos sociais, compreendendo então seus problemas específicos, a organização da vida citadina e historicidade de sua urbanização. Mas é neste tema que o autor se equivoca, pois cria a ideia que, somente a partir do Séc. XIX os arquitetos vem propor modelos ideais de organização do mundo político para impor hierarquias sociais. Mas como impor esta ideia deixando de lado os Séculos anteriores, o antigo regime bem como a organização estabelecida neste idos e que não figuram nos escritos de CIDADE E HISTÓRIA. O período histórico conhecido como Idade Moderna, não são representativos por causa do impacto que se estabeleceu sobre o ordenamento das cidades e seu pensar bem como a sua organização social? Seguindo a leitura do livro, a partir de CERDA, atemática se desenvolve e surgem diversos teóricos, muitos visualizando a cidade do ponto de vista político-institucional.