A conquista da América Espanhola Autores minimizam a destruição imposta, entre os séculos XV e XX, às sociedades americanas e africanas pelas respectivas metrópoles europeias. Sabemos do desenvolvimento que eles tinham na época, eram muito melhores que os ancestrais americanos tanto que chegaram aqui e dominaram tudo, e inclusive enaltecem a conquista espanhola na América, não raro apresentada enquanto libertações de povos indígenas oprimidos por governantes e sacerdotes sanguinários são poucos citados. Esquecem que destruíram muitos vestígios de povos daquela época e acabaram com muitas culturas e lembranças dos povos que viviam por aqui e inclusive usavam a religião católica como desculpa para tais ações. Mesmo que tenham perdido o autogoverno e sofrido com os excessos de alguns indivíduos cruéis, os índios poderiam considerar o estabelecimento da administração colonial como um processo benéfico, visto que passaram a dispor de leis mais justas e do ingresso na "verdadeira fé", que na verdade isso é o que os colonizadores achavam que era melhor pra eles, apesar de algumas tribos realmente quererem ser dominadas pelos espanhóis do que serem dominadas pelos próprios conterrâneos, visto que a guerra e o ambiente hostil naquele século predominavam. Apesar da imagem de humanista à frente de seu tempo que de hábito é associada à figura de Cristóvão Colombo, suas viagens às ilhas foram um prenúncio do caráter predatório da colonização que se iniciava. Percebendo a inviabilidade do projeto de construir uma economia centrada na mineração, Colombo não apenas enviou índios como escravos para a Espanha, como inaugurou, no âmbito local, um sistema de trabalhos forçados. Os espanhóis usaram de muita força bruta para colonizarem os nativos, por isso a razão do texto de Montaigne: “Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um corpo entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a