Rainha do Brasil
Câmara Cascudo, com sua sabedoria a chama de “rainha do Brasil”.
Para Leandro Carvalho, Mestre em História. O
Brasil é uma nação multicultural, constituída por diversas culturas, diversas etnias indígenas, pelo colonizador português, pelos negros escravizados que vieram da África, e além dessas culturas também fomos influenciadas pelos imigrantes europeus e asiáticos que vieram morar em nosso país. Em seu livro, “A História da Alimentação no Brasil”, o tubérculo tem vários nomes no país: aipim, candinga, castelinha, macamba, macaxeira, mandioca-brava, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, moogo, mucamba, pão-daamérica, pão-de-pobre, pau-de-farinha, pau-farinha, tapioca, uaipi e xagala, cultivada e consumida pelos povos indígenas.
Para o povos indígenas do Brasil, que formam um grande número de diferentes grupos étnicos que habitavam o país desde milênios antes do início da colonização portuguesa, o nome do tubérculo seria a uí-pon, uí-puba, farinha puba, que é uma massa extraída da mandioca fermentada e largamente utilizada na produção de bolos, biscoitos e diversas outras receitas típicas do norte-nordeste brasileiro, amolecida pela infusão, farinha d’água, e a uí-atã, farinha-de-guerra,seca, dura, resistente e comum.
Como todas as plantas essenciais numa cultura a mandioca valorizava-se pelas lendas, indicando a origem sobrenatural, uma vinda da América central Zumé, Zomé,
Tumé, Paituna Sumé,varão poderoso que andava sobre as águas ensinando moral pacifica e cultivo de plantas uteis incluindo a mandioca que brotava de seu bastão, noutra tradição colhida em Belém do Pará a filha de um chefe indígena engravidara sem contato masculino, dando a luz a uma menina de nome Mani morta ao fim de um ano, sem doença e nem dor , do tumulo surgiu um arbusto, a terra fendeu-se