história cotidiano

UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná - Campus de Campo Mourão
Segundo ano de História
TEORIA DA HISTÓRIA II

1 – Segundo a autora, os historiadores que se preocupavam com o cotidiano faziam à moda historicista: procuravam apenas erudição, sanar curiosidades em relação aos tempos longínquos e não davam a esse conhecimento uma função. Mas isso passou a mudar no século XVIII alguns acontecimentos e, principalmente, a ação da burguesia para estabelecer “diferenciação” em relação a outras classes, o que podemos entender também como uma ação no sentido de tomar para si as prerrogativas da nobreza fazem com que aconteça o que ela chama de clivagem social: a dicotomização entre privado e público. É nesse momento em que os significados que atribuímos a esses conceitos tomam vida. Essa divisão era uma forma de consecução da “diferenciação” citada. Segundo ela, essa diferenciação se da em múltiplos signos, isso significa dizer que essa dicotomia afeta não só a vida material, mas também o nosso mundo simbólico em que essa vida material passa a ser organizada conforme esse novo molde público e privado.
2 – O estudo do cotidiano se relaciona com a história na medida em que ele se conecta a outros aspectos como o social, cultura, econômico etc. Não se conecta de forma passiva: ele é produto desses aspectos e também age sobre eles, faz parte da história e é história. Desta forma, ele ajuda a reconstituir o todo por uma perspectiva diferente, por um ângulo diferente: a dos gestos cotidianos. Esses gestos estão repletos de historicidade e, com dito, sua dinâmica age sobre sua própria mudança. Além disso, a autora aponta que, com respaldo da arqueologia, os vestígios do cotidiano por estarem imbricados a aspectos de maior amplitude permitem reconstruir esses aspectos. Podemos pensar, para esclarecer, na longa duração. A curta duração acontece dentro da média e ambas acontecem dentro da longa. Ao mesmo tempo que a longa duração é o lugar de conformação dessas