Historiografia contemporânea
Professora Eliana Dutra
Aula – dia 19/08/13
Diferença entre o real e o real contado/ a verossimilhança com a existência, com uma mínima relação entre ambos.
Historiografia como objeto semiótico;
Signo da História;
Referência ao real é deslocada, pois não é dada apenas por aquilo que é relatado, mas principalmente pela elucidação (esclarecer, elucidar) da referência ao real.
A História é menos real e mais inteligível. Tem estatuto de cientificidade numa operação controlada, em que há necessidade de rigor em se tratar dos conceitos (cuidado com anacronismo, adotando uma postura de cientificidade); compatibilidade das leituras com a época objeto de estudo. O fato de conhecimento é diferente do fato de realidade.
Relação do ato com a sociedade. Aquilo que se propõe à História e como esta sociedade se relaciona ao momento histórico. Os interlocutores falam de um lugar. O lugar surge das mudanças e as modifica (no campo do conhecimento histórico). Há um duplo estatuto de um objeto na História. Ora, tem-se um efeito do real no texto e o não dito na medida em que se fecha aquele discurso. O historiador vice a sua práxis e a práxis de seu objeto de estudo.
Há uma ambiguidade no texto historiográfico, já que o historiador não pode desligar a sua prática daquilo que escolheu como objeto para trabalhar. A escolha da prática faz parte de um conjunto de fatores que nos torna conscientes da complexidade da prática.
Identidades sempre no plural. O processo de significação sempre visa dar um sentido para a história pontual. O historiador reúne menos os fatos, enuncia sentidos mais do que conta fatos.
Discurso historiográfico constrói e cria/elabora estruturas imaginárias/ideológicas O imaginário é parte do Real. O histórico indica o real, mas não o é. Cabe ao historiador construir esta inteligibilidade. A prática científica se apoia em uma práxis social. A atividade que produz sentido (atividade do historiador) é resultado