Historiografia Contemporânea

UAB/UNIRIO

Pólo Cantagalo – 2015.1

Curso de História

Disciplina: HISToriografia contemporânea

AD2

Aluno: Wagner Lutterbach Bastos matrícula: 12116090089
CONCEITO DE PRESENÇA EM HANS ULRICH GUMBRECHT

No texto abaixo, será exposto a forma como o professor Hans Ulrich Gumbrecht concebe o conceito de “presença”, relacionando-o, ao mesmo tempo, de maneira oposta e complementar, à linguagem, utilizando-se de exemplos variados para ligar essas duas vertentes tão presentes na vida humana, bem como no estudo historiográfico acerca das sociedades no tempo. Para tanto, o autor apresenta-nos os dois tipos de cultura utilizados como base para seu ensaio: “culturas de sentido” e “culturas de presença”. Ao diferenciar esses dois últimos conceitos, aponta suas implicações no interior do projeto historiográfico de percepção do tempo. Por fim, trata da concepção da linguagem como “a casa do Ser”, de Martin Heidegger que, se a princípio, parece promissora, após uma análise mais acurada, baseada na forma como Gumbrecht enxerga a “presença”, pode seguir um caminho significativo diverso daquele proposto por Heidegger.

Gumbrecht critica a metafísica ao afirmar que o conceito de presença pode significar apenas a existência de algo em sua dimensão física, sem a necessidade de se buscar um significado “profundo” para a existência desse objeto, espacialmente falando. Para tanto, distingue entre “culturas de sentido” e “culturas de presença”. Ao tratar da primeira, aponta para a tendência observada, principalmente no Ocidente, de se delinear o “sujeito” e sua “subjetividade” no processo de observação e atribuição de sentidos às coisas do mundo, acompanhado da motivação para modificar o futuro através da interpretação dos fatos do passado. Por outro lado, a cultura de presença, pretende integrar, para o ser humano, as dimensões física e espiritual da existência, considerando-se o ser humano como parte integrante do mundo dos objetos.
Para este autor, cultura de