Historiador
Introdução
Ao longo deste artigo se pretende debater algumas das teorias que giram ao redor do livre arbítrio e determinismo apresentadas no livro “Problemas da filosofia” do filósofo James Rachels.
Os temas que aqui serão discutidos partem de pressupostos científicos que buscam explicações às questões apresentadas no comportamento humano e que há muito intrigam estudiosos. Uma das bases na qual se pautam essas discussões é o pensamento de cientistas modernos que afirmaram (2009, p.157) “As pessoas inteligentes sabem agora que todo o ser humano é o produto de uma hereditariedade infindável que o precede e de um ambiente infinito que os rodeia.” Teoria essa, que serve como pé de apoio para várias outras que corroboram o livre arbítrio e ou o determinismo.
Desenvolvimento - As Teorias
É instintiva ao homem a busca por respostas aos acontecimentos e vivencias ao seu redor, como exposto por vários teólogos e filósofos ao longo do tempo, se algo ocorre “sem razão” viola a compreensão humana do funcionamento das coisas. Essa concepção causal das coisas instigou o ser humano a perceber o que designamos como as leis da lógica, noções que nos permitem conceber ou prever circunstâncias do nosso universo. Aristóteles foi um dos primeiros filósofos a se preocupar com a possibilidade de as leis da lógica regerem o universo de forma a não termos controle sobre nossas decisões. Ponderou que uma proposição é sempre verdadeira ou falsa, o que alicerça a teoria do fatalismo que diz: (2009, p. 159) “Se Deus sabe tudo, sabe o que vamos fazer amanhã. Mas, se Deus sabe o que vamos fazer amanhã, então não podemos agir de outra forma.”.
Desde então vários filósofos estabeleceram teorias deterministas de pensamentos parecidos, Pierre Simon Laplace em 1819, por exemplo, propôs a hipótese de que (2009, p.160) “Se um observador supremamente inteligente conhecesse a localização e a velocidade exatas de todas as partículas