historiador
Para definir a “serventia” da História é importante realçar que desde sua remotíssima origem até os tempos hodiernos, a palavra História assumiu e ainda assume significados diversos, mesmo ainda permanecendo com o mesmo nome originário da hélade grega a palavra História na contemporaneidade torna-se confusa e complexa tendo na ação do historiador um instrumento de aplicação particular dando à Ciência do homem no Tempo sua especificidade em detrimento a outras ciências.
O autor partindo da definição tradicional expõe que “História é todo estudo de uma mudança na duração” e que sua matéria por essência é o homem, mas não o homem em si, porém o homem inserido em uma sociedade e mantendo relações humanas em uma determinada duração.
Sobre o conceito de tempo, o texto salienta para a singularidade deste fator na História, o tempo não é apenas uma medida como é utilizado nos estudos físicos, o tempo na ciência histórica é por onde transcorre tudo que é objeto de experiência possível, isto é, que se pode manifestar no tempo e no espaço segundo as leis do entendimento.
Marc Bloch critica substancialmente o fato de a História ter em sua busca pelo passado ter servido quase que unicamente para justificar ou condena obsessão pelas origens, onde devido à ambiguidade do termo, muitas vezes leva ao engano e ao erro muitos estudiosos, pois, origem em seu sentido aceito comumente, determina o princípio, o início; mas levaria também a expor às causas para que tal fenômeno tenha ocorrido? Deste modo, a busca obsessiva pelas origens torna-se fonte de equívocos de historiadores que se esquece de buscar a causalidade dos fatos.
Ainda tecendo considerações acerca do tempo, Bloch traz uma observação sobre ao que permanece no tempo, uma tradição, por