historiador

Introdução
Algumas das principais dificuldades detectadas no ambiente escolar são a intolerância, a ausência de parâmetros que orientem a convivência pacífica e a falta de habilidade para resolver os conflitos. Actualmente a matéria mais difícil da escola não são as ciências, (matemática ou a biologia); a convivência, para muitos alunos e de todas as séries, talvez seja a matéria mais difícil de ser aprendida.
A Educação é direito de todos, é direito subjectivo, é direito pessoal. E está prevista na Constituição da República de Moçambique como direito fundamental. Nos tempos actuais estamos vivendo momentos de crise que são percebidos em diversas dimensões: pessoal, social e mundial.
A grave crise de segurança que atinge as cidades moçambicanas é, cada vez mais um desafio para nós, futuros educadores. Os conflitos gerados e vivenciados nesses momentos de crise podem ser frequentemente agravados, dificultando a superação desta, de maneira equilibrada e sustentável.
O presente trabalho tem como tema a educação para paz: tolerância e respeito pela diferença e diversidade. Nas páginas seguintes, ao leitor encontrará conteúdos em relação a educação para paz, conceito de paz, tolerância, e respeito, correlacionando esses conceitos com a cultura da paz e a diversidades nos homens.

1. Educação para paz
A paz é uma prática cultural que precisa ser aprendida, cultivada. Não é algo pronto; é um contínuo aprender, fazer, refazer, um dos maiores desejos e desafios da grande maioria da humanidade. Entender a paz como construção cultural e como noção pedagógica leva-nos a superar uma certa compreensão abstracta e idealista, e coloca-a como uma acção que está ao nosso alcance. A paz precisa ser entendida.
“A paz é o contrário de violência” e que “qualquer análise da paz deveria estar vinculada a uma análise da violência” (GALTUNG, 1985 apud JARES, 2002, p.124).
A paz afecta directamente a vida do ser humano; a paz se caracteriza pela ausência de