Historia
A extração das riquezas que interessavam aos comerciantes portugueses era feita de forma predatória, sem qualquer preocupação com a preservação das matas, do solo, das águas, da fauna e dos primeiros habitantes da região.
Quando não queriam cooperar e não fugiam, os índios eram mortos em combates desiguais, já que as armas dos europeus eram mais eficientes para matar, outras vezes morriam, sem poder se defender, em armadilhas preparadas pelos invasores, como o envenenamento das águas consumidas pela tribo.
Ao refletir sobre os acontecimentos dos quase 300 anos em que o Brasil foi colônia de Portugal não devemos nos distanciar da ideia principal de colônia de exploração, caso contrário corremos o risco de interpretar de forma equivocada as razões desses acontecimentos.
A colonização da América seguiu os princípios mercantilistas do Pacto Colonial ou Exclusivo Colonial, sistema que determinava que toda a riqueza produzida ou encontrada em solo colonial pertencia à metrópole ou ao seu soberano. No caso do Brasil tudo pertencia a Portugal ou ao seu rei, e a exploração só podia ser feita por pessoas devidamente autorizadas por ele. Ainda pelas leis do Pacto, os colonos que aqui viviam só podiam comprar mercadorias dos comerciantes licenciados pela Coroa portuguesa. Ou seja, o comércio, que foi a grande fonte de riquezas da Idade Moderna, era um privilégio do rei que, evidentemente, também beneficiava a burguesia