A Revolta dos malês que eclodiu em Salvador no dia 25 de janeiro de 1835 foi uma das mais marcantes mobilizações de escravos de origem muçulmana da época. A etnia nagô (também conhecidos como iorubás, protagonistas de tal revolta, onde nagôs islamizados não só constituíram a maioria dos combatentes, como a maioria dos líderes. Mais de 80 % dos réus escravos em 1835 eram nagôs, sendo eles apenas 30 % dos africanos. Tendo em vista que foi uma revolta liderada por negros e escravos que formavam cerca de 60% do total demográfico, já se pode imaginar o motivo que a tornou marcante. Entre algumas possíveis mudanças no caso de vitória estava o fato da Bahia Malê ser governada por muçulmanos e um Estado onde os aspectos culturais e religiosos africanos fossem perdoados e não mais vistos como paganismo. Almejava-se o poder! As atividades buscavam unir escravos e negros, fossem eles muçulmanos ou não, mas o sonho mesmo era a Bahia muçulmana. A surpresa era uma estratégia principal dos rebeldes, uma vez que dispunham de pouco armamento, praticamente não possuíam armas de fogo, e ainda a condição de escravo limitava o poder de atuação dos africanos no que diz respeito à mobilização de pessoas para o combate. E assim nas vésperas da rebelião, aconteceram alguns rumores, que já percorriam a cidade. Entretanto surgiu um boato que desarticulou todo o plano de revolta dos malês. Então chegou ao conhecimento dos juízes de paz da sé, mandou os oponentes saírem vasculhando as casas até chegarem a um sobrado. O liberto Africano Manoel Calafate, mestre muçulmano um dos principais lideres da revolta que disponibilizou sua residência para planejarem sua batalha. A primeira batalha se deu, portanto na ladeira da praça de onde partiu o grupo reunido, da casa de calafate e outro grupo avisando os companheiros sobre o inicio repentino da revolta. Enfim no conflito morreram sete soldados e setenta revoltos, cerca de 200 integrantes da revolta foram presos pelas forças oficias, todos