Historia
Após o governo de Juscelino Kubitschek o país estava em uma situação conflituosa. A subida inflacionária decorrente da má orientação do país na produção de oferta e demanda gerada principalmente pela condição precária que se encontrava o meio de produção agrícola e as contradições entre a escolha do país de tentar conciliar um plano nos moldes do Nacional-Desenvolvimento e a abertura para a injeção de capital estrangeiro na indústria acabaram por gerar uma crise nacional. O presidente brasileiro nesta situação era Jânio Quadros, que tentava agradar os apoiadores dos dois “caminhos”: o de abertura estrangeira e os nacionalistas. Jânio acreditava que a inflação poderia ser contida com o arrocho no salário mínimo, o que o deixou sem o apoio do povo. A indefinição entre o apoio a qualquer um dos caminhos isolou-o de qualquer um dos grupos; a rejeição era tanta que não restou alternativa a não ser a renúncia, já que nem sua tentativa de golpe gerou resultado.
Assumiu João Goulart, seu vice-presidente. O cenário econômico não melhorou: o Produto Interno Bruto nacional caiu drasticamente; o crescimento industrial recuou e a taxa de inflação foi às alturas. As contradições já previstas no governo de Juscelino Kubitschek (conflituando o plano de Nacional-Desenvolvimento com a abertura ao mercado externo) levaram o país a uma crise incomensurável. A contradição ocorreu pelos princípios básicos de cada um dos modelos: para que houvesse um Nacional-Desenvolvimento era necessário um controle nacional sobre a economia e fortalecimento dos setores populares; a abertura ao capital gerava uma divisão do controle com as empresas estrangeiras e uma maior concentração de renda.
O cenário formado era o seguinte: uma explosão inflacionária descontrolada; queda da taxa de lucro na economia; um desinteresse na expansão de negócios ou formação de novos. As empresas de fora montadas no país começaram a diminuir seus investimentos no