Historia
A Queda da Bastilha, símbolo mais radical e abrangente das revoluções burguesas.
Governo fraco, guerras dispendiosas, a rivalidade colonial com a Inglaterra e os excessivos privilégios do clero e da nobreza quebraram as finanças da monarquia e uma crescente insatisfação popular culminou na Revolução Francesa (1789). Em 1789, os representantes do povo nas Cortes convocadas por Luís XVI proclamaram a constituição da Assembleia Nacional, o primeiro passo na direção da monarquia constitucional. Contudo, Luís XVI não se mostrou disposto a colaborar com esta reforma política, provocando uma reação violenta por parte da população, cujo clímax se registou com a tomada da Bastilha em 14 de Julho de 1789. A igualdade civil foi estabelecida na noite de 4 de Agosto de 1789, e o regime feudal abolido; foram proclamados os direitos do homem. Fez-se então, com a Assembleia Legislativa (1791-1792), uma tentativa de monarquia constitucional, que fracassou, ocasionando a queda da realeza (10 de Agosto de 1792). Em seguida, através das crises e violências do Terror, a Convenção (1792-1795) salvou a França da invasão estrangeira. Contudo, a fraqueza dos sucessivos governos abriu caminho para o governo de Napoleão Bonaparte.
Napoleão Bonaparte
O imperador Napoleão Bonaparte.
Bonaparte organizou uma administração centralizada e sancionou no Código Civil (1804) as reformas sociais de 1789. A Primeira República (1792-1804), criada após a queda da monarquia Bourbon, durou até o Primeiro Império (1804-1814), sob o domínio de Napoleão I, quando a França tornou-se a potência política dominante na Europa. Napoleão teve de travar contra a Inglaterra e outros países da Europa uma luta ininterrupta, mas o bloqueio continental, o recrutamento e os impostos tornaram-no impopular. Em 1814, sob os golpes dos Aliados, o Império francês desmoronou, e a França reencontrou suas fronteiras de 1792. Depois da queda de Bonaparte, os Bourbons reinstalaram-se no trono - Luís XVIII