historia
O porquê da guerra civil? Antecedentes
- Após a revolta de 1820, que implantou o liberalismo em Portugal, o país irá conhecer um longo período de instabilidade política, ditado pela oposição entre os partidos liberais e as absolutistas. A monarquia constitucional teve dificuldades em se implantar, devido às mentalidades enraizadas, que se opunham vivamente às mudanças jurídicas
Mesmo enfraquecida, a nobreza era regenerada a partir do exterior, através dos recém -burgueses. As camadas populares, em particular as rurais, em nome das quais havia sido feita a revolução, continuavam empobrecidas e fracas.
Assim se explica o golpe de D. Miguel, em 1823 (Vila-Francada), reprimido de forma pouco decidida de seu pai D. João VI (rei). Tal facto levou a uma nova conspiração em Abril de 1824 (Abrilada), em que o príncipe D. Miguel, apoiado na rainha D. Carlota Joaquina, sua mãe, pretendeu restaurar a monarquia absolutista. O golpe terminou com o exílio do príncipe.
A atitude pouco enérgica do rei, por um lado, e as contradições políticas e sociais do liberalismo, por outro, deixam espaço para dúvidas que vão resultar numa guerra civil após a morte do monarca, em 1826.
A indecisão
Após a morte de D. João VI em 1826, o herdeiro imediato era D. Pedro que fora deserdado na sequência dos eventos que levaram à independência do Brasil. A regência foi confiada à Infanta Isabel que nomeou D. Pedro, então Imperador do Brasil, como sucessor. Nesse mesmo ano, D. Pedro torna-se Rei de Portugal, MAS, como a constituição brasileira o impedia de governar ambos os países, abdicou o cargo para a filha Maria da Glória, de sete anos, até esta cumprir a idade necessária para casar com seu irmão D. Miguel.
Em abril de 1826, como parte do acordo de sucessão, D. Pedro retornou ao Brasil deixando o trono a Maria e seu irmão Miguel como regente. D. Miguel, exilado após as duas revoltas contra o pai voltou e assumiu a regência. Em Junho de