historia
- É injusto não sairmos nestas férias. Todos os meus amigos estão fora da cidade, e eu aqui, neste fim de mundo. – Resmungava para si mesma e para quem quisesse ouvir. Nesse caso, quem não quisesse também ouvia, o que aconteceu com a mãe da menina.
- Você sabe o porquê de não irmos viajar esse ano. – A mãe disse suavemente enquanto baixava o livro que estava lendo e o posicionava em seu colo.
- Nós não precisamos viajar – A criança protestou – Só me tire desta casa! Me leve para qualquer lugar.
- Qualquer lugar? – Perguntou a mãe, erguendo a sobrancelha, duvidando das palavras da menina. – Qualquer lugar mesmo?
- Sim!
Parecia mais vívida quando em pé, o rosto passava tanto tempo oculto por livros, que até se esquecia do quanto a mãe poderia ser bonita. Ela saiu rápido pela porta da sala e fora para o seu quarto, onde a sua filha raramente entrava. Quando voltou, tinha em mãos uma caixa grande, toda rabiscada de símbolos por fora – raios, triângulos estranhos, pássaros, tridentes e leões. Ela deixou a caixa no chão cuidadosamente e acenou para que a filha se aproximasse; esta, curiosa, se aproximou no mesmo instante e abriu a caixa. A mãe tornou a se aproximar e antes que a filha pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, ela tirou da caixa alguns livros, que separou em quatro pilhas.
A primeira pilha tinha sete livros, a segunda tinha cinco, a terceira tinha três e a última, apenas um livro.
- São livros! Apenas livros. – A criança disse em tom de desapontamento.
- Apenas livros? – A mãe desafiou.
- Sim! – A menina replicou, teimosa.
- Você me disse que queria sair de casa, não disse?
- E o que esses livros têm a ver com isso?
- Aos onze anos, eu recebi uma carta para entrar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, lá eu conheci três crianças versadas em magia, todas tinham a minha idade. Seus