historia
O monge franciscano William de Baskerville e seu noviço Adso de Melk viajam para um monastério beneditino no norte da Itália para participar de um debate teológico. Ao chegar lá, o monastério está perturbado por um assassinato. Com o desenrolar da trama, várias outras pessoas morrem misteriosamente. Os protagonistas exploram uma biblioteca medieval em forma de labirinto, o poder subversivo do riso, e se deparam frente a frente com a Santa Inquisição. É dada a William em primeiro lugar a missão de, com a sua capacidade lógica e de dedução, resolver os mistérios do mosteiro.
William utiliza-se de um pensamento diferenciado, mais prático e físico do que espiritual (tradicionalmente utilizado pela Igreja e seus membros, que viam sempre explicações teológicas e bíblicas para todos os fatos, inclusive as mortes no monastério) fugindo à explicação de que havia possessão demoníaca relacionada aos assassinatos. Seu pensamento empírico o fez mostrar que as mortes aconteciam por algo de ordem material, portanto os seus teoremas o permitem encontrar as respostas que procura.
O filme retrata muitos pontos de grande valia, dentre os quais podemos destacar a considerável influência da Igreja sobre todos os assuntos da humanidade (os de cunho religioso e espiritual bem como social, econômico e político da época medieval). Era dentro dela que estava toda a fonte de conhecimento e este não podia, de forma alguma, ser distribuído à sociedade de forma homogênea - a Igreja correria o risco de perder boa parte da sua influência ideológica e de seu poder de controle. O artifício de envenenamento das pontas das páginas de livros da biblioteca é, no filme, a forma encontrada pela autoridade maior na Igreja de não permitir o acesso ao conteúdo destes. Podemos figurar então uma idéia repressiva e dominadora, inserida ali naquele contexto histórico, de preservação e centralização da literatura ? e, por conseguinte, de conhecimento de mundo já que estudar instiga um repensar sobre