Em primeiro lugar o seguinte: não usar a noção de preconceito racial. Em sociologia não se usa a palavra racismo, mas a palavra etnocentrismo. Isto porque a primeira aponta para a superioridade biológica e a segunda aponta para a superioridade cultural. Quando as pessoas são etnocentristas muitas das vezes entendem (normalmente; pelo menos na Europa), que os brancos são, por natureza, mais inteligentes que os pretos (diferença de melanina na pele). A sociologia prefere o uso do termo etnocentrismo porque as diferenças entre essas pessoas (de diferentes cores de pele) tende a serem (e repito, tende a ser porque há pretos que vivem nos países ditos desenvolvidos e vice-versa) sócio culturalmente determinado. Ainda, os próprios preconceitos tendem a ser sócio culturalmente determinado (ainda que se verifique que existe etnocentrismo em várias sociedades, sendo que a pessoa que pertence a uma determinada sociedade tende a pensar que a sua sociedade é superior à outra). “No entanto, pode-se dizer que há diferenças genéticas, no entanto, os preconceitos etnocentristas, em geral, não têm base em conhecimento científica”, mas no conhecimento (ou informação que circula) no senso comum. Superar o preconceito etnocentrista não discriminar alguém pelos seus costumes, crenças, etc. Estas pessoas que "superam" o preconceito etnocentrista, sabem que as pessoas são influenciadas pela sua cultura e, portanto, sendo uma pessoa um produto social não tem grande poder de autodeterminar-se. Além disso, para superar o etnocentrismo cultural, há que não considerar uma cultura superior à outra. Nós cremos numa coisa, outros creem noutra porque a sociedade assim condicionou as pessoas (ainda que exista algum espaço para a reflexão) Ainda, a superação do etnocentrismo racial deve ser inconsciente, isto é (exemplificando), o preto deve não ser discriminado sem eu pensar nisso se eu não discriminar o preto porque sou contra a discriminação, então estou a discriminá-lo. Para não se discriminar