Historia

* “O Real Edifício de Mafra”
O palácio- convento de Mafra é um projeto colossal do Barroco português setecentista. Mandado construir por D. João V devido a uma promessa, caso a rainha fosse bem-sucedida na conceção de um filho, onde D. Mariana deu-lhe assim um descendente que foi a princesa Maria Barbara m 1711.
O convento foi construído num local elevado e coim vista para o mar, privilegiando o contato com a natureza e a caça. Tinha uma área imensa de 40 000 metros quadrados, 29 pátios, 88 salas e quartos, as suas 4500 portas e janelas, 217 toneladas que pesam os 110 sinos do seu famoso carrilhão.
Este projeto iniciou-se a 17 de novembro de 1717, realizando a sua sagração em 1730.
O escolhido para este projeto foi Ludovice, onde ficou encarregado com a direção dos trabalhos, os principais executantes foram os italianos Carlos e António Baptista Garvo e o português Manuel Antunes Feio.
A construção do convento demorou anos, começando assim em 1717, prosseguindo ate 1737, data onde o palácio já se encontrava quase concluído. Acrescentos posteriores vieram enriquece-lo com obras de arte e criações.
Mafra ordena-se em torno de dois retângulos articulares: o principal integra-se com a vila e compreende a igreja, o palácio com os perspetivos pátios e terrões, a enfermaria, a sala dos atos na capela do campo-santo, a sala do capítulo e torreões, dois claustros, o refeitório, enfermaria e outras dependências. O secundário está virado para a tapada e articula as celas conventuais, as oficinas e a casa da livraria, cozinhas, anexos, pátios que rodeiam um jardim central.
O andar térreo afirma um galilé de 3 portais, enquanto o piso superior é marcado por diversas janelas de frontão curvo e triangular. Estas aberturas que ao lado contém estatuam inseridas em nichos, ritmadas por altas colunas jónicas em mármore branca. A sua frente possui um pórtico de três arcos e duas portas que dão acesso a um átrio. O equilíbrio da fachada resulta assim da relação entre as torres